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domingo, 18 de setembro de 2011

I'm coming home

 Desde julho, eu estive em uma espécise de limbo. Lembra aquele negócio de tentar enfocar outros objetivos, valorizar os meus pontos fortes e ir levando as insatisfações com o meu corpo de uma maneira mais light? Pois é, eu fracassei na tentativa disso. Não consigo me desconcentrar das minhas imperfeições. No entando, por achar a minha preocupação com elas exagerada, doentia, não as combati, não mexi no meu corpo. O resultado é que por todo esse tempo não saí do lugar e elas estão aqui onde sempre estiveram, e o meu amor-próprio não aumentou nem um milímetro.
 Mas agora vou dar um novo fôlego para erradicá-las. Desafio: terminar a minha wishlist. Os salários de final de ano, no comércio, costumam ser bons para quem é comissionado e eu vou dar o meu melhor no trabalho para receber mais, e com isso terminar de fazer todas as mudanças. Não falta tanto, diante do que eu já conquistei.
 O que me apavora é que eu comecei querendo sair dessa em um ano, agora já estou para completar dois anos nessa vida de dismorfia corporal, e com vistas a passar o próximo nisso também. E os meus outros objetivos? Quando a minha vida vai recomeçar? Com base nisso, eu estou disposta a procurar ajuda de uma psicóloga. Vou ver se faço isso para março que vem.
 Quando terminar a minha lista de mudanças no corpo, quero começar a minha lista de mudança de comportamento (para quem não viu tem uma ali ao lado no meu perfil). Quero aprender a ser mais sedutora e acho que teatro e dança podem me ajudar a isso e a superar a timidez, super obstáculo à minha vida amorosa. Também quero me desvencilhar da voz de menininha. Enquanto isso não está ao meu alcance pretendo ir aprendendo por imitação, isto é, estou observando e procurando fazer igual a atrizes e cantoras famosas - como andam, como gesticulam, como entonam a voz para parecerem sensuais e auto-confiantes.
 Não que eu pretenda mudar só por fora. Acho que a terapia vai me fazer bem para eu superar os motivos da minha falta de auto-estima, os motivos da minha timidez. Enquanto não começo com um psicólogo, tenho lido livros de auto-ajuda e mais importante, literatura clássica - nada como autores que constróem personagens esféricos e fazem análises psicológicas profundas para nos ajudar a nos enxergarmos melhor. Até o momento, o que mais me ajudou foi O Lobo da Estepe, do Hermann Hesse. Mas A beleza está nos olhos de quem vê, da Camila Cury, e Beleza à venda, da Ana Paula Ferrari, também foram úteis, eu recomendo. Aliás, esse eu já conhecia de longa data, mas para quem ainda não leu, baixe na internet e leia O Mito da Beleza, na Naomi Wolf.
 Bem, agora é recomeçar! Próximo passo: depilação definitiva. Descobri que em sites como Groupon e Peixe Urbano é possível conseguir descontos altíssimos nisso. Como é um procedimento caro (quero fazer perna inteira, o preço normal é em torno de R$3400,00), esses descontos vão ser muito valiosos. Eu preciso depilar com laser porque tenho alergia a gilete e a cera quente me deixa cheia de pêlos encravados. Como os meus são abundantes e grossos, pois tenho ovário policístico, a depilação "definitiva" não vai resolver, mas vai ajudar muito. O que sobrar deles vou me virar com a cera quente mesmo, paciência.
 Depois da depilação, vou para as roupas novas para o verão! Quase não tenho roupas para sair de casa, só para trabalhar mesmo, com uma ou duas excessões das quais eu já enjoei! XD Por isso, mal posso esperar para repaginar essa parte do meu guarda-roupas que tinha ficado pendente.
 Então vou ver se invisto nos itens baratos da minha wishlist e por último ficará o tratamento para as estrias - longo, trabalhoso, caro. Aliás, caríssimo. Vou precisar de um tempo light para retomar o fôlego antes de investir nele.
 Uma boa notícia: estou conseguindo acordar 2 horas mais cedo para me maquiar e me vestir mais criteriosamente antes de sair para o trabalho. Para quem passou 20 anos acordando em cima da hora, acostumada a dormir o máximo, inclusive por trabalhar de dia e estudar à noite, deitar tarde, foi desafiador. Mas agora já é algo incorporado à minha rotina. Eu resisti muito a fazer isso, tinha pensamentos vitimistas, queria que o mundo fosse outro, que esse tipo de sacrifício não fosse necessário, etc só que já encarei a realidade e agora já sinto falta quando não estou maquiada. Aos poucos, tenho começado a sentir menos sono do que sentia. Não queria que tivesse que ser assim, mas já que é, vou lidar com isso.
 Beijos meninas, estou com saudades de todas